A agricultura familiar de Mato Grosso do Sul receberá um aporte de R$ 500 milhões por meio do Plano Safra 2024/2025, beneficiando diretamente cerca de 30 mil agricultores do Estado.
O montante representa um significativo aumento em relação à safra anterior, que teve R$ 346 milhões contratados, distribuídos em 6.332 contratos. O apoio financeiro visa fortalecer não apenas o setor agrícola, mas também a economia local, promovendo maior circulação de renda no comércio da região.
A liberação desses recursos é vista como um fator essencial para o crescimento do comércio local. “Ao apoiar os agricultores familiares, estamos impulsionando o comércio local e garantindo que a riqueza gerada permaneça em nossa cidade”, ressaltou a presidente em exercício da CDL-Campo Grande (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), dra. Inês Santiago.
Segundo ela, o investimento na agricultura familiar fomenta a sustentabilidade econômica da região, reforçando o desenvolvimento de pequenos negócios e a aquisição de produtos locais por restaurantes, lanchonetes e moradores.
Além do aporte financeiro, o Plano Safra 2024/2025 traz a redução da taxa de juros para 3% em linhas de crédito destinadas à produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão e frutas. Para produtos agroecológicos e da sociobiodiversidade, como açaí e castanha do Brasil, a taxa cai para 2%, incentivando práticas agrícolas mais sustentáveis e diversificadas.
Outro fator que colabora para o crescimento do setor é o avanço das hortas urbanas em Campo Grande, que mais que dobraram nos últimos dois anos. O número de hortas passou de 126, em abril de 2022, para 263 em junho de 2024, sendo 188 delas voltadas para fins comerciais.
Esse crescimento é resultado do apoio oferecido pela Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), que tem auxiliado famílias a empreenderem no ramo da agricultura familiar.
O fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul é visto como uma estratégia crucial para o desenvolvimento econômico e social do Estado, gerando empregos, renda e promovendo a sustentabilidade alimentar local.
Fonte: CDL Campo Grande