Mato Grosso do Sul lançou ontem, 16 de setembro, o novo Plano Safra da Agricultura Familiar, que promete um aumento expressivo de 44% nos recursos destinados aos pequenos produtores rurais.
O governo vai investir R$ 500 milhões no setor, comparado aos R$ 346 milhões do ano passado. O anúncio foi feito em um evento no auditório do Sebrae, em Campo Grande, com a presença de autoridades, representantes de bancos e líderes rurais.
O plano é bastante elogiado por oferecer juros baixos, que variam entre 0,5% e 3% ao ano, além de prazos flexíveis e bônus para aqueles que adotarem práticas sustentáveis. Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), destacou que a medida é um avanço importante para o setor.
“É um plano amplo e abrangente, que atende às necessidades dos produtores e busca enfrentar os desafios da agricultura familiar no estado”, afirmou Verruck.
Vanderley Ziger, secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, detalhou as novas medidas, incluindo três fundos garantidores para facilitar o acesso ao crédito.
Entre as novidades, o Pronaf Florestas Produtivas se destaca por incentivar a recuperação de áreas degradadas, oferecendo até R$ 100 mil por operação e prazos de pagamento extensivos.
O deputado estadual Zeca do PT expressou confiança de que os recursos serão bem utilizados e agradeceu ao governo estadual pelo suporte ao setor. Já o secretário Verruck sugeriu que a assistência técnica aos produtores deve ser intensificada para garantir a contratação eficaz dos financiamentos.
Durante o evento, também foram assinados contratos de custeio com agricultores de Nioaque e Glória de Dourados, além de termos de cooperação com o Sebrae, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e uma empresa que ajudará no credenciamento para o crédito agrícola.
O novo Plano Safra demonstra o comprometimento do governo com o fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul, buscando não apenas aumentar a produção, mas também garantir práticas sustentáveis e o sucesso econômico dos pequenos produtores.