A Meta anunciou, ontem terça-feira (7) que vai substituir seu sistema de checagem de fatos por um novo modelo baseado em “notas de comunidade”.
A mudança começa nos Estados Unidos e promete uma abordagem mais colaborativa para lidar com informações enganosas nas redes sociais da empresa, como Facebook e Instagram.
O que são as notas de comunidade?
As notas de comunidade são explicações escritas por usuários voluntários. Elas aparecem logo abaixo de postagens que podem ser enganosas, oferecendo mais contexto sobre o conteúdo. A ideia é ajudar outros usuários a compreender melhor as informações que estão consumindo.
O sistema é inspirado no que já funciona na rede social X (antigo Twitter) desde 2021. A Meta afirma que as notas serão avaliadas por diferentes grupos de usuários para garantir que as explicações sejam claras e imparciais.
Por que a mudança?
A Meta acredita que as notas de comunidade podem ser mais eficazes do que o atual sistema de checagem de fatos, que depende de organizações profissionais. Segundo a empresa, o novo modelo será mais democrático, já que permite a participação de qualquer usuário que se inscrever.
Além disso, a Meta defende que o sistema reduzirá acusações de viés político, comuns no método de checagem feito por especialistas.
Já especialistas em desinformação alertam que o novo sistema pode ter falhas. A principal preocupação é a possibilidade de grupos organizados usarem as notas para espalhar ainda mais informações falsas. Sem supervisão direta de profissionais, a credibilidade das explicações pode ser questionada.
Comparação com o modelo do X
No X, estudos indicam que as notas de comunidade ajudaram a reduzir a disseminação de notícias falsas em cerca de 20%.
No entanto, críticos apontam que a rede social permite discursos mais polarizados desde que Elon Musk assumiu a empresa. Isso levanta dúvidas sobre a capacidade do sistema de evitar a propagação de desinformação.
Próximos passos
A Meta informou que as inscrições para participar do programa de notas de comunidade começarão na próxima semana. Além disso, a empresa promete dar aos usuários mais controle sobre o tipo de conteúdo político que aparece em suas redes sociais.