A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande registrou uma pequena queda em setembro, com um recuo de 0,4% em comparação ao mês anterior.
O índice, que passou de 108,7 pontos em agosto para 108,2 em setembro, mantém-se ainda na zona positiva, acima dos 100 pontos, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar da retração, a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), destacou que o impacto foi mais acentuado entre as famílias de maior renda, enquanto aquelas com renda inferior a 10 salários mínimos apresentaram um pequeno aumento no índice.
“O mercado de trabalho está impulsionando o otimismo no curto prazo, mas há ainda uma certa cautela quanto ao futuro”, observou Dedé de Oliveira.
Entre os sete indicadores analisados, cinco registraram variações negativas. A maior queda foi observada na avaliação do momento para aquisição de bens duráveis, que caiu 1,9%.
Outros indicadores em declínio foram o nível de consumo atual (-1,3%) e a renda atual, que apresentou uma queda de 0,8%. No entanto, a perspectiva profissional teve um pequeno avanço de 0,7%, enquanto a segurança no emprego atual cresceu 0,5%, destacando-se como pontos positivos da pesquisa.
A pesquisa também apontou que 53,4% dos entrevistados se sentem mais seguros em relação à situação de emprego em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disso, 64,1% dos consumidores mantêm uma visão otimista sobre suas perspectivas profissionais para os próximos seis meses.
Mesmo com os desafios e a leve queda observada, a Intenção de Consumo das Famílias de Campo Grande segue refletindo um cenário de confiança moderada, alimentada pelo saldo positivo do mercado de trabalho, que sustenta o otimismo dos consumidores no curto prazo.
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