Campo Grande/MS – A inflação em Campo Grande voltou a subir, registrando um aumento de 0,58% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro. Os dados, divulgados pelo IBGE, apontam que a inflação acumulada no ano chega a 3,23% e, nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,45%.
Esse cenário tem causado preocupações, especialmente entre os empreendedores, que enfrentam dificuldades crescentes para equilibrar suas operações diante do aumento de custos, principalmente em setores essenciais como alimentação e energia.
Os grupos que mais influenciaram esse aumento foram habitação, com alta de 2,06%, e alimentação e bebidas, que subiram 1,13%. A energia elétrica residencial, que saltou de uma queda de -3,67% em agosto para um aumento expressivo de 5,47% em setembro, devido à implementação da bandeira tarifária vermelha, tem afetado diretamente os pequenos negócios.
Empreendedores que dependem de equipamentos elétricos, como padarias, restaurantes e fábricas, sentem o peso dessa alta nos custos de operação.
O setor de alimentação e bebidas também apresentou variações significativas. Os aumentos no preço de itens como mamão (23,63%), laranja-pera (17,97%), café moído (8,40%) e carne de acém (7,92%) pressionam tanto o consumidor final quanto os empreendedores.
Pequenos comerciantes e restaurantes, por exemplo, enfrentam dificuldades para manter margens de lucro sem repassar os custos aos clientes, o que compromete a competitividade e fidelidade do público.
Para o setor de alimentação fora do domicílio, a alta de 0,24% impacta diretamente lanchonetes e restaurantes, que, mesmo enfrentando aumento no custo de insumos, precisam ajustar preços com cautela para não perder clientes.
A refeição fora de casa teve uma leve queda de -0,05%, mas o lanche, item comumente vendido por pequenos negócios, subiu 0,70%, ampliando as dificuldades.
Em tempos de inflação alta, o empreendedorismo local precisa se adaptar com estratégias para mitigar os impactos. Entre as soluções estão a busca por fornecedores alternativos, o controle rigoroso de estoque e o investimento em energia renovável, como a solar, para reduzir a dependência da energia elétrica convencional.
Para enfrentar o aumento nos custos de energia e alimentos, muitos empreendedores optam por renegociar contratos e rever o portfólio de produtos, priorizando itens com maior margem de lucro.
Essa Inflação em Campo Grande crescente exige que os empresários sejam resilientes e inovadores na gestão de seus negócios. A previsão é de que o cenário de alta nos preços continue desafiador, exigindo cada vez mais soluções criativas para a manutenção e crescimento do empreendedorismo em Campo Grande.