Campo Grande, MS — O setor de citricultura ganha impulso no Mato Grosso do Sul, onde o Grupo Cutrale, uma das maiores empresas globais do setor, está ampliando suas operações. Com investimentos previstos de R$ 500 milhões, o grupo inaugurou a primeira fase de produção de laranjas em Sidrolândia, numa área de 120 hectares que já está em plena atividade.
O projeto, que abrange um total de quase 5 mil hectares, está sendo visto como uma iniciativa estratégica para o desenvolvimento econômico e para a geração de empregos na região.
Localizada na Fazenda Aracoara, entre Sidrolândia e Campo Grande, a operação em Sidrolândia marca um novo capítulo para a produção agrícola no estado, que tem sido tradicionalmente mais conhecido pela produção de grãos e pecuária.
A diversificação agrícola é uma das metas da administração estadual, que apoia a citricultura como forma de fortalecer a economia regional e gerar novas oportunidades de trabalho.
A primeira fase da produção foi concluída, representando 25% do projeto, e já gerou aproximadamente 200 empregos diretos. O avanço do projeto inclui a plantação de mais 4,8 mil hectares até 2026, com a previsão de criar mais de 570 empregos diretos quando a fase completa estiver ativa.
A expectativa é que, a partir do oitavo ano de produção, a fazenda produza cerca de 8 milhões de caixas de laranja por ano, solidificando o Mato Grosso do Sul como um novo polo citrícola.
A ampliação da citricultura no Mato Grosso do Sul ocorre em um momento de crescente interesse de outros grandes produtores.
Além do Grupo Cutrale, o Agro Terena e o Grupo Junqueira Rodas também anunciaram investimentos substanciais no estado. Estes projetos reforçam a tendência de Mato Grosso do Sul em se tornar um novo “cinturão citrícola” brasileiro, somando-se ao tradicional produtor nacional, o estado de São Paulo.
Para facilitar o escoamento da produção, o governo estadual investe em melhorias na infraestrutura de transporte e apoia os produtores no acesso a recursos energéticos e assistência técnica. O ambiente de negócios favorável, as condições fitossanitárias e as medidas rigorosas de controle de doenças, como a proteção contra o greening, foram fatores decisivos para a escolha da região.
Esses investimentos na citricultura são vistos como uma grande aposta para o desenvolvimento econômico do Mato Grosso do Sul, que planeja atingir uma área plantada de 50 mil hectares, o que poderá atrair indústrias do setor para a região no futuro.