Diante do agravamento das mudanças climáticas, que têm provocado ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes, estudantes do ensino médio da Escola Sesi surpreendem com um projeto promissor: transformar o calor acumulado nas cidades em uma nova fonte de energia.
A proposta tem como foco as chamadas “ilhas de calor” – áreas urbanas onde o concreto e o asfalto elevam a temperatura em até 5 graus acima da média, principalmente em regiões de alta densidade populacional.
O projeto foi desenvolvido por alunos do 2º e 3º anos, sob a orientação dos professores Leandro Félix e Lilian Resende. A equipe, composta por Isabelly Gianini, Vitória Tavares, Mallu, Yasmim e Dueck, desenvolveu um protótipo capaz de captar o calor presente nessas áreas e convertê-lo em eletricidade.
Segundo o professor Leandro Félix, o dispositivo consegue armazenar energia suficiente para alimentar pequenos circuitos, como tomadas de baixo consumo. “Ainda estamos em fase de testes, mas a ideia é criar uma tecnologia que complemente a energia solar e amplie o uso de fontes renováveis nas cidades”, explica Félix.
Isabelly, aluna do 3º ano e uma das responsáveis pelo desenvolvimento do protótipo, destaca as dificuldades técnicas enfrentadas pela equipe. “Um dos desafios foi descobrir como transformar calor em energia sem depender de uma fonte elétrica externa. Conseguimos isso através de um efeito físico que estudamos e aplicamos ao nosso protótipo experimental”, detalha.
Além deste projeto, os alunos estão envolvidos em uma segunda iniciativa: o mapeamento do avanço das placas solares em Campo Grande, utilizando imagens do Google Earth. Com esse levantamento, eles esperam fornecer dados úteis para a expansão da energia solar no município.
Com esses projetos, os estudantes da Escola Sesi buscam contribuir para o enfrentamento das mudanças climáticas, demonstrando o potencial de soluções tecnológicas para transformar o ambiente urbano em uma fonte de energia sustentável.
Fonte: Fiems
