Dólar atinge R$ 6,11 e Ibovespa recua com reação ao pacote fiscal de Haddad

Dólar atinge R$ 6,11 e Ibovespa recua com reação ao pacote fiscal de Haddad

A moeda norte-americana, o Dólar alcançou um novo recorde nesta sexta-feira (29), ultrapassando R$ 6,11, impulsionada por incertezas geradas após o anúncio do pacote fiscal detalhado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, também refletiu o clima negativo e encerrou a semana com queda acumulada de 3,50%.

A proposta do governo, que inclui cortes de R$ 70 bilhões em gastos públicos até 2026 e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, gerou reações mistas no mercado financeiro.

Apesar dos cortes serem vistos como um movimento na direção correta, a inclusão da revisão da tabela do IR levantou preocupações sobre o impacto fiscal, estimado em R$ 35 bilhões por ano.

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Cenário econômico e impacto no mercado

Além das reações ao pacote fiscal, o dólar e o Ibovespa foram influenciados pelos dados de desemprego divulgados pelo IBGE, que apontaram queda na taxa para 6,2%, a menor da série histórica. Mesmo assim, o alívio nos indicadores de emprego foi ofuscado pela preocupação com o descompasso entre cortes de despesas e aumento de gastos projetados.

O mercado vê a possibilidade de dificuldades na implementação das medidas fiscais como um agravante para o cenário macroeconômico, reforçando a valorização do dólar e pressionando os ativos brasileiros.

Com a moeda acumulando alta de 23,42% no ano e o Ibovespa caindo mais de 7% no mesmo período, investidores seguem atentos aos próximos passos do governo para ajustar as contas públicas e restaurar a confiança.

Resumo do mercado

  • Dólar: Subiu 2,00% nesta sexta-feira, cotado a R$ 6,11.
  • Ibovespa: Queda de 0,22%, aos 124.330 pontos, com perdas acumuladas de 3,93% no mês.

A instabilidade reflete o receio de que medidas promissoras em termos de ajuste fiscal sejam neutralizadas pelo impacto das novas isenções e pela complexidade política do Congresso.

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Isabel Almeida

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