O varejo em Mato Grosso do Sul está atravessando um período de incertezas, com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelando uma leve retração nas vendas. Após um crescimento modesto de 0,4% no primeiro semestre de 2024, o setor experimentou uma queda de 0,9% no acumulado até agosto. Essa oscilação é um reflexo da instabilidade econômica que permeia a região, afetando diversas atividades comerciais.
Em contraste, o comércio varejista, que exclui categorias específicas como a venda de veículos e materiais de construção, mostrou uma performance robusta, registrando uma alta de 7,3% no mesmo período.
Para Dra. Inês Santiago, presidente da FCDLMS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), as próximas semanas são cruciais. “O ano não acabou, e datas importantes se aproximam. Vamos monitorar esses movimentos de perto”, afirmou.
No setor industrial, a produção teve um avanço de 4,2%, enquanto o volume de serviços enfrentou uma queda de 5,9%, evidenciando a fragilidade desse segmento na economia local. A agropecuária, por sua vez, continua a sentir os efeitos da estiagem, projetando uma queda de 16,3% no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2024.
No tocante ao crédito, Mato Grosso do Sul registrou um saldo de R$ 89,5 bilhões para pessoas físicas em agosto, com um crescimento de 7,3% em relação ao ano passado. Entretanto, a taxa de inadimplência atingiu 4,1%, o que gera preocupações sobre a saúde financeira dos consumidores.
Diante desse panorama, o cenário econômico e do varejo em Mato Grosso do Sul se revela complexo, demandando atenção e estratégias que visem não apenas enfrentar os desafios, mas também capitalizar sobre as oportunidades que surgem neste ambiente em transformação.
Fonte: FCDLMS