O comércio varejista de Mato Grosso do Sul cresceu 6,0% no acumulado entre janeiro e novembro de 2024. O desempenho foi superior à média nacional, que ficou em 5,0% no mesmo período.
Os números foram divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), com base na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE.
Nos últimos 12 meses, de dezembro de 2023 a novembro de 2024, o crescimento no Estado foi de 5,5%, enquanto o índice nacional chegou a 4,6%. Mesmo assim, o resultado acumulado do ano completo foi mais tímido. Mato Grosso do Sul teve alta de 2,8% no volume de vendas, abaixo da média brasileira, que foi de 4,7%.
A análise regional também trouxe destaques. Entre os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul ficou em segundo lugar no crescimento do varejo. Isso mostra a relevância do desempenho local, mas também evidencia que outros estados da região conseguiram se destacar ainda mais.
Por outro lado, o comércio varejista ampliado, que inclui itens como veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, apresentou retração. Em Mato Grosso do Sul, a queda acumulada foi de 1,5%. No Brasil, porém, esse segmento cresceu 4,4%.
O setor de serviços também teve dificuldades no Estado. Apesar de uma leve alta de 0,6% em novembro, o acumulado do ano apontou uma queda de 6,4%. No cenário nacional, o setor avançou 3,2%.
Esses resultados mostram uma recuperação desigual na economia. Enquanto o varejo tradicional cresce em ritmo acelerado, segmentos importantes enfrentam desafios.
A queda no comércio ampliado, por exemplo, pode refletir um consumo mais moderado em setores de maior valor, como veículos e construção.
Especialistas destacam que esses dados indicam uma complexidade econômica. O desempenho positivo do comércio varejista de Mato Grosso do Sul, é importante, mas o recuo em outros setores pode sinalizar dificuldades na geração de empregos e investimentos locais.
Os próximos meses serão decisivos para avaliar como o Estado irá lidar com esses desafios. O comportamento do consumidor e o cenário econômico nacional devem influenciar diretamente os resultados de 2025.